Reprodução/CNN/
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou, na noite deste sábado (25), que a saúde do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está “evoluindo muito do ponto de vista clínico”.
Ele também indicou que o presidente, após ter a viagem para a China adiada por orientação médica devido à pneumonia leve, deve se dedicar a conversar com ministros e a discutir o novo marco fiscal a ser apresentado pelo governo federal.
“Vou fazer visita ao presidente justamente sobre isso [agenda dos próximos dias]. Todas as informações que temos acompanhado junto à equipe médica do Planalto é de uma evolução extremamente positiva do presidente, o presidente está evoluindo muito do ponto de vista clínico. Exames cada vez melhores, está muito bem”, disse.
O embarque para a China, que estava programado para este domingo (26), foi adiado neste sábado.
“A decisão de não realizar a viagem foi a decisão por orientação da equipe médica, primeiro para que ele possa se restabelecer melhor, e também porque, como foi identificado ontem que ele está com uma gripe pelo vírus influenza A, é uma orientação dos médicos e decisão do presidente de não fazer a viagem porque estaria dentro do avião, poderia transmitir para outros”, completou.
Segundo Padilha, Lula deve ter reuniões no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, e pode receber uma comitiva de representantes de prefeitos, que estarão em peso nesta próxima semana em Brasília, devido à tradicional “Marcha dos Prefeitos”.
O ministro afirmou que recomendará que Lula não vá pessoalmente à Marcha, devido à sua recuperação, mas ressaltou que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e demais ministros estarão presentes.
Reuniões setoriais
Padilha citou a vontade de Lula de promover mais duas reuniões setoriais de ministros na então volta à China. Uma possibilidade é que sejam antecipadas.
“Vou conversar com o presidente sobre como ele está pensando a agenda da semana que vem. Deve ser uma agenda interna, ficar em Brasília, ter essa reabilitação plena, tanto da gripe quanto da pneumonia que ele está tratando.”
Quanto ao novo marco fiscal, Padilha disse que o debate sobre o assunto vai tomar conta da semana, citando que as discussões são lideradas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este também iria na viagem e agora terá mais tempo para se dedicar ao tema.
Questionado sobre uma data para a apresentação do novo marco fiscal, Padilha preferiu não cravar um dia.
“O adiamento da ida à China permite que, durante a semana, o ministro Fernando Haddad vai se dedicar a isso, junto com o presidente Lula, a definição. Não vamos definir data. O meu trabalho é alimentar esse ambiente extremamente positivo que vejo no Congresso, de que, chegando o marco fiscal ao Congresso, que ele seja debatido não só com os partidos da base, mas também com partidos que se declaram oposição com muita boa vontade de discutir o marco fiscal.”
Em fala a jornalistas no Alvorada ao chegar para encontro com Lula, Padilha também buscou reforçar que o governo está comprometido com as responsabilidades social e fiscal em suas agendas e propostas.
“Essa semana, certamente, por orientação médica, ter adiado a ida à China, [Lula] vai poder se dedicar internamente às ações do governo. Poder se dedicar, por exemplo, a discutir a proposta do marco fiscal. Estamos encontrando um ambiente no Congresso Nacional muito positivo para o debate e aprovação mais rápida possível desta nova regra fiscal do país. Vai poder se dedicar ao acompanhamento dos seus ministérios, da área de infraestrutura, da agenda social. E também acompanhar a apresentação e participação do governo na Marcha dos municípios, embora eu defenda que o presidente não vá presencialmente.”
Votações de Medidas Provisórias
Alexandre Padilha voltou a defender que a visita do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Lula nesta sexta (24) foi “extremamente amistosa”. Lira está em meio à uma crise perante o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por causa de desentendimentos quanto à tramitação de Medidas Provisórias (MPs).
Lira enviou um ofício a Pacheco pedindo que este “se digne” a convocar uma sessão do Congresso Nacional para que senadores e deputados federais possam discutir e decidir o rito de MPs. Indagado sobre o ofício, argumentou que Lira enviou o documento antes da conversa com Lula.
Embora não haja um número certo de deputados federais e senadores que formam a base aliada de Lula no Congresso, Padilha também defendeu que, “até este momento, tudo que o governo precisou votar na Câmara e no Senado, conseguiu votar e aprovar.”
Lira anunciou nos últimos dias que a próxima semana na Câmara será dedicada a votar as 13 MPs restantes de Jair Bolsonaro (PL). Em seguida, afirmou que o governo trabalhará para a votação das MPs editadas por Lula, o que não acontecerá necessariamente agora.
“Acreditamos que vamos ter, nessa semana, na Câmara dos Deputados, um ritmo concentrado de votação das 13 MPs que estão lá e construir um ambiente, que acredito que será de muito compromisso, tanto da Câmara quanto do Senado, para votar também Medidas Provisórias que já são do governo Lula, que vencem até junho. Temos prazo, tempo para isso, mas votar essas Medidas Provisórias, porque são muito importantes.”
Votações de Medidas Provisórias
Alexandre Padilha voltou a defender que a visita do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Lula nesta sexta (24) foi “extremamente amistosa”. Lira está em meio à uma crise perante o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por causa de desentendimentos quanto à tramitação de Medidas Provisórias (MPs).
Lira enviou um ofício a Pacheco pedindo que este “se digne” a convocar uma sessão do Congresso Nacional para que senadores e deputados federais possam discutir e decidir o rito de MPs. Indagado sobre o ofício, argumentou que Lira enviou o documento antes da conversa com Lula.
Embora não haja um número certo de deputados federais e senadores que formam a base aliada de Lula no Congresso, Padilha também defendeu que, “até este momento, tudo que o governo precisou votar na Câmara e no Senado, conseguiu votar e aprovar.”
Lira anunciou nos últimos dias que a próxima semana na Câmara será dedicada a votar as 13 MPs restantes de Jair Bolsonaro (PL). Em seguida, afirmou que o governo trabalhará para a votação das MPs editadas por Lula, o que não acontecerá necessariamente agora.
“Acreditamos que vamos ter, nessa semana, na Câmara dos Deputados, um ritmo concentrado de votação das 13 MPs que estão lá e construir um ambiente, que acredito que será de muito compromisso, tanto da Câmara quanto do Senado, para votar também Medidas Provisórias que já são do governo Lula, que vencem até junho. Temos prazo, tempo para isso, mas votar essas Medidas Provisórias, porque são muito importantes.”
Entre essas MPs de Lula estão uma série de iniciativas essenciais para o governo federal, como a que reorganiza a estrutura dos ministérios, a que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), a que extingue a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a de programas como o Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família e Mais Médicos.
Padilha afirmou que não iria comentar o eventual retorno de Bolsonaro ao Brasil e que o ex-presidente “fugiu do Brasil”.
“Eu não vou comentar porque esse que fugiu do Brasil já falou tantas vezes, já marcou tantas datas. Daqui a pouco ele marca uma data para tentar virar notícia. Acho que ele fica marcando data para tentar parar de falarem sobre as joias.”